terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Em julho, tive o seguinte diálogo com uma pessoa:

eu: "É uma porrada atrás da outra. Eu não sei como vou sobreviver a esse ano."
ela: "Só posso te dizer uma coisa: No final dele existirá uma pessoa fantástica"

E aqui estamos, em dezembro e a previsão se concretizando. E posso dizer: SOU FODA PRA CARALEO! :)

Todas as tristezas, decepções, sustos. Todas as lágrimas, as risadas, os amores. Todas as preocupações, festas e beijos. Todas as danças, depressões e sonhos. Toda a aprendizagem, sentimento e quebra de ciclos viciosos e doentios. TUDO, tudo absurdamente dolorido e fantasticamente divertido... e lindo por isso mesmo. Foi um ano em que eu vivi, não apenas passei por ele como um espantalho observando a colheita. 

E aqui estou, mais VIVA do que nunca e sabendo que 2012 não será nada fácil. Não será fácil pq eu vou me colocar mais responsabilidades em todas as áreas da minha vida, além das barras que já sei que vou ter que aguentar.

Mas quer saber? Pode lançar os dados, neguinho, pq eu vou entrar nessa porra pra jogar e ganhar! Vou ser mulher, esposa, trabalhadora, estudante, filha, irmã e quem sabe mãe. Não só em 2012, mas em todos os anos que vão se seguir depois.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sobre a posse


Ah, o ser humano. Então a pessoa está separada há três anos de alguém. Nesse meio tempo, os dois têm suas vidas como devem ser: SEPARADAS e totalmente resolvidas. E nesse meio tempo aparecem pessoas, como também deve ser, e tudo bem. Afinal... acabou. CERTO?

Pois bem. Não apareceu UMA pessoa na vida de um deles. Apareceu A pessoa. A pessoa que é espalhada pelos quatro cantos, em alto e bom som, como sendo a aquela que se quer viver o resto da vida. Se vai acontecer ou não, ninguém sabe. Mas é o que se quer.

Depois de muito tempo, não se pensa mais nos vários anos que passaram, mas nos muitos que virão. Planos são feitos, montam-se projetos, há novamente um motivo para construir. E lutar por isso. 

Então, aquele primeiro ser humano citado no começo sente-se ameaçado. Aquele com quem se dividiu a cama durante anos possivelmente está mais feliz com alguém que ele acabou de conhecer. Uma verdadeira afronta!

Espera-se um pouquinho, pode ser que não seja nada, afinal. Mas se vê que a coisa realmente é séria e ouve-se de todos os conhecidos em comum a confirmação que tanto dói: sim, ele(a) está apaixonado(a) e feliz, talvez como nunca esteve.

Então, o negócio começa a perturbar. É a nossa velha sensação de posse. De que tudo o que uma vez nos tocou é infinitamente nosso. E de algum modo tem que lembrar o outro de que um dia eles foram felizes, nem que seja mostrando sutilmente uma foto do cachorro que infelizmente nem existe mais na vida dos dois... há alguns anos. Nem que seja deixando recadinhos de “estou aqui e lembrei de ti.”

Ah, o ser humano... Quando deixaremos de ser egoístas? Quando deixaremos de lado essa loucura e vamos começar a aceitar que o outro tem sim o direito de reconstruir sua vida longe de nós? E infelizmente, confesso, para nós mulheres isso é mais difícil de ser assimilado do que pelos homens.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sobre culpa


Pois então... 

Hoje eu vi na minha rua uma cena não muito comum. Um mendigo encontrou um abrigo debaixo das árvores na frente do meu prédio e lá se estabeleceu. Tive que sair cedo e ele estava lá às 6h. Saí às 15h para o trabalho e ele estava exatamente na mesma posição, só que dessa vez tinha companhia: dois carros da Brigada Militar.

Poderia falar sobre a imbecilidade da nossa segurança pública, que nos deixa sem proteção de um lado para deslocar duas viaturas para remover um mendigo que nem conseguia se mexer. Realmente, perigosíssimo.

Poderia falar sobre se essa mobilização ocorreria em uma zona não tão nobre de Porto Alegre e no que isso implica. Imaginem eu morando na Vila Cruzeiro e ligando para a BM: “Alô! Tem um mendigo na minha porta e exijo uma solução AGORA!”. Provavelmente a reação seria de risada do outro lado da linha. Mas não... era na Nilo Peçanha, então o assunto é sério porque há “interesses sociais” envolvidos. 

Mas quero falar sobre outra coisa. Quero falar sobre egoísmo e culpa. Passei por essa pessoa de manhã e a minha reação foi apenas de pena. Mas pena não esquenta. Pena não diminui a dor. Pena, amigos, não acalenta. Mais tarde, vi um motoqueiro parar para conversar . Ele perdeu dois minutos do tempo dele para perguntar o que aquela “pessoa” estava sentindo. Com isso, definitivamente, ganhou pontos em outra área.
Porque não agimos mais como esse motoqueiro? Porque insistimos em passar pelos problemas alheios como se não tivéssemos absolutamente nada com isso? Até quando vamos pensar que nosso sentimento de pena é o suficiente? 

Sim. Há nosso dedo no meio daquela cena triste. Enquanto não criarmos consciência de que o mundo vai MUITO, mas MUITO além do nosso umbigo teremos culpa e seremos responsáveis. Pode haver pessoas muito mais responsáveis do que nós, pois nem todos têm poder de atuação direta e opta pela omissão e corrupção, mas isso não serve como desculpa. 

O que você faz REALMENTE para mudar o mundo? Eu respondo por mim: NADA de efetivo. E não é por falta de oportunidade...  Assumo minha culpa disso e assumo minha culpa por não ter poder de reação. Tenho a faca e o queijo na mão para poder transformar a vida de muita gente e prefiro a omissão por medo. E você?  Assume? 
 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Sobre mentiras

Este texto será diferente do que eu propus ao fazer esse blog. Mas não tem problema, ocasiões especiais necessitam coisas especiais. Então preparem-se para encontrar muito drama e palavrão (mais palavrão e menos drama) a partir de agora.

Vamos começar pelo começo, porque é assim que as coisas devem ser. Vocês já tiveram na vida de vocês alguém que você considera tudo e em uma noite, em uma SIMPLES noite, ela vira um nada? Pois é, minha gente. Descobri que a pessoa que eu considerava a mais verdadeira do mundo não passa de um grande, mas um gigantesco, mentiroso.

Meu mundo caiu nessa noite, por um instante eu perdi meu rumo... desabei, lamentei, sofri. Chorei não por nós, mas por ele. Fingi que aquilo não estava acontecendo, que tudo não passava de uma pegadinha. Mas não... era real, tangível e estava ali para me dar um tapa na cara.

Quer dizer então que o cara que transformou a minha vida num verdadeiro INFERNO porque “fudi”, e não consegui esconder – diga-se de passagem, porque uma das minhas qualidades é transparência – ficava com duas ao mesmo tempo? Ou seriam três, quatro quem sabe?

Não tinha compromisso? ÓTIMO. Então pra que MENTIR, M-E-N-T-I-R, que nada acontecia? Qual o objetivo de ser tão desonesto, imoral e imbecil? Pra que M-E-N-T-I-R que ama, sendo que não ama nem a si próprio? Porque COBRAR uma conduta, sendo que no mesmo momento que eu estava “fudendo” (para me libertar) você estava “fudendo” com outra (para aprisionar)? E não venha com MAIS MENTIRAS. Temos datas...

Que moral você tem para cobrar de alguém (coisa que vc tanto adora) a partir de agora? Pra mim, tudo o que sai da sua boca terá outro significado, porque a verdade, que eu levava como regra, será exceção. Eu aguentei meses de humilhações, sendo tratada feito LIXO, quando na verdade você tinha que dar graças a Deus por ter alguém que realmente gostava de estar ao seu lado. Duas então... você não imagina a porra de sorte que você acabou de jogar fora.

Meu Deus.... e no passado. Com quantas você me traiu? QUANTAS? Eu achando que se acontecesse alguma coisa vc ia me falar... QUE IMBECIL. Ele não mente... ele nunca iria me mentir... MEU DEUS.

Ache outras pessoas para você humilhar... que faça bom proveito dessa, porque sabemos BEM qual será o final, só que dessa vez eu NÃO VOU DEIXAR que o consolo retorne para você. Porque ela é uma pessoa LINDA e que merece todo o RESPEITO que um homem de verdade pode dar. E ela vai achar um homem, não uma criança que se esconde atrás de filosofia para não encarar o mundo de frente.

Fica a chateação de que o único cara que eu realmente quis formar uma família morreu, esvaiu-se, foi-se. Mas fica a certeza de que consegui me livrar de um peso morto que carrego há anos, a culpa. Como consolo, fica a felicidade DE NÃO TER ME CASADO COM VOCÊ (ufa!), e isso já está de bom tamanho. Eu adoraria ter aliança para dessa vez te jogar na cara de verdade.

E mesmo assim, te amo o suficiente (sim... esse é o verdadeiro amor, prazer) para implorar que você busque ajuda enquanto há tempo. Você tem no mínimo mais 40 anos para viver, não desperdice.

Aliás, não pretendo sequer voltar a FALAR com você, a menos que procure ajuda psicológica. Caso isso não ocorra, passar bem e seja feliz nesse seu mundinho de MENTIRA. Minha amizade não fará falta, tenho certeza. Assim como esse ser – que além de MENTIROSO, cobra coisas dos outros que nunca devia cobrar, pq não faz – não fará para mim. MAIOR DECEPÇÃO DA MINHA VIDA.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Conto de fadas, a continuação

Um dia, ela acordou cansada. Olhou para aquele muro alto e infinito e pela primeira vez pergunto se tudo aquilo valia a pena. O príncipe estava ainda lá, detrás daquele gigantesco obstáculo que ela fez de tudo para derrubar. Já não bastasse a dificuldade em si de colocar abaixo uma barreira tão forte, ele deixava tudo mais complicado.

Por diversas vezes ela ouviu que todo aquele esforço não iria adiantar. Por algumas, ele a mandou embora. Por outras, deixava claro que ela não o merecia. Que não adiantava tentar derrubar, porque aquele muro era encantado e somente a princesa certa conseguiria o feito, o que não era o caso da princesa da nossa história.

E apesar de tudo isso, acreditava que valia a pena porque ele valia a pena. Então, um dia ela partiu para o tudo ou nada, simplesmente esperando quieta uma reação do outro lado, e veio a sua maior decepção. Descobriu que além de não ajudar a derrubar o muro, o príncipe havia colocado mais tijolos para que ela nunca o alcança-se.

Tanto esforço, foi, enfim, em vão. E voltou a ouvir do outro lado que não adiantava, que ela tinha que ir embora. E seu coração sangrou, e ela desistiu. Por incrível que pareça, e de modo mais incoerente que se pode imaginar, o príncipe ainda cobrou que ela ficasse, pois havia prometido. Mas não havia acabado de mandar embora?

Mas ela havia prometido ficar, não se corromper. Ela havia prometido tentar, não se humilhar. Ela havia prometido esperar, desde que ele não a mandasse embora. E ela decidiu que a última vez que ele fez isso foi definitivamente a última.

Ela, enfim, conseguiu se livrar da necessidade de tê-lo por perto. Com as mãos feridas, com o coração dolorido, mas pela primeira vez com a alma em paz, ela virou-se de costas e partiu. Porque era só isso o que lhe restava fazer.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sobre o simancar

Um dia, não tem jeito. Temos que “simancá”. Simancá que perdemos a guerra, e não só a batalha, tremular a bandeira branca da rendição. Tratar de salvar os feridos, enterrar os mortos, juntar os caquinhos e partir. Sem olhar a glória do que poderia ter sido e nunca foi. Projetar o futuro sem vergonha de ter levado uma surra do destino, seja por qual foi o motivo, e ver que se pode sim conquistar novos territórios, em outras bandas.

Um dia, a gente simanca. Simanca de que o tempo nessa Terra é curto demais e que ninguém tem garantia de viver o amanhã. Ninguém pode ter certeza de que estará presente no próximo segundo – quem dirá um dia, um mês ou um ano. Simancamos de que o tempo não volta. Ele apenas voa cada vez mais depressa. E quando chegarmos na velhice, se tivermos essa chance – e acredite, são poucos que a têm –, veremos que não deixamos muita coisa para trás se não tomarmos AGORA o controle da nossa vida.

Simancamos de que existem pessoas maravilhosas ao nosso redor e de que são a pouquíssimos que damos o seu devido valor. Infelizmente, como nós, elas não estarão nessa Terra por muito tempo e cabe a nós aproveitá-las e curti-las da melhor forma possível. Nessa encarnação, de preferência.

Simancamos de que nem todos nossos sonhos de criança serão concretizados e de que muitos deles não dependem exclusivamente de nós. Simancamos de que às vezes somos forçados a tomar atitude que não vem do coração, e que isso não é problema nenhum se serviu para cumprir o ser objetivo.

Precisamos simancá de que as pessoas não são feitas em moldes perfeitos. E saber aceitar os erros alheios – quando não há costume de olhar para os nossos próprios, talvez por medo do que vamos encontrar – talvez seja o simancol mais difícil de todos. E, por fim, temos que simancá de que não somos insubstituíveis. Dói aprender que logo seremos esquecidos, mas essa é a lei da vida... o velho se vai para o aparecimento do novo. E sempre há a esperança de que o novo consiga realizar o que o velho não conseguiu.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sobre dependência x necessidade

Então a pessoa passa a noite inteira pensando no que tinha acabado de escrever e publicar e chega à conclusão de que, obviamente, está errada. Sim, digo com relação à dependência x necessidade. Pensei, pensei muito e cheguei à conclusão de que não poderia dizer que não podemos depender uns dos outros.

Somos dependentes. Somos dependentes da nossa família e até mesmo de pessoas que não conhecemos. A comida que chega diariamente na nossa mesa, acreditem, não foi obra do acaso. Somos dependentes dos nossos amigos para nos fazerem sorrir. Somos dependentes SIM de amores... como não? Não confio em quem diz que se basta, mesmo que isso seja uma mentira muito bem contada para si mesmo (a). Um dia, crianças, a verdade aparece: SOMOS INTERDEPENDENTES.  

Então, não posso dizer que não podemos ser dependentes dos outros, se é isso o que somos. Vivemos em troca - um dá, outro recebe, um recebe, o outro dá. Eu, por exemplo, levo isso ao pé da letra. Me conecto às pessoas tão facilmente que eu mesma me espanto. Tenho uma grande vontade de dar muito de mim, mas ao mesmo tempo posso sugar até o íntimo de quem está do meu lado. Mas não tem problema, porque o meu íntimo TAMBÉM está em jogo. E eu não me importo. Para mim, para qualquer tipo de relação dar certo, essa conexão TEM QUE SER FEITA.

E desse modo, me torno dependente do ser ao qual estou conectada. Estou subordinada a ele, e ele a mim. Se por algum motivo esse alguém desaparece, algo certamente mudará no meu equilíbrio – pois ele era necessário para mantê-lo intacto (o que não significa que não me reestabelecerei logo em seguida, de outro modo). Estou errada?

Talvez, o que eu deveria ter escrito é que nossos amores não podem ser essenciais. As coisas essenciais, como o ar, afetam a nossa existência em si – não apenas o nosso equilíbrio. É como dizer que a nossa própria vida se acaba ao fim de uma relação.

Estou nesse momento pesquisando no dicionário os três termos e vamos ver se chego à uma conclusão sobre o assunto. Vamos lá. Segundo o Houaiss depender é “precisar do auxílio, proteção, sustento de (uma pessoa ou qualquer forma de autoridade)”. Necessário é ... opa... olha aí... “absolutamente preciso; essencial, indispensável”. Essencial é que é “necessário, indispensável”.

Então, eu estava TOTALMENTE equivocada. E como ÓTIMA aprendiz deixarei o texto errado aqui para quem quiser ler. Não tenho vergonha dos meus erros, que são muitos e diários, ainda bem.

Então, que nossos corações fiquem mais dependentes a partir de agora.

Izadora

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Sobre as correntes

Um dia desses estava eu vindo para o trabalho e me deparei com uma cena um pouco incomum: um casal estava acorrentado. Sim, minha gente, eles estavam LITERALMENTE grudados por uma coleira um ao outro. E estavam felizes, pouco se importando com o que iriam pensar e julgar pessoas como eu, que nunca tinham visto nada parecido.

Pensando bem, quantas correntes carregamos diariamente por aí sem ninguém perceber? Eu, por exemplo, tenho várias. Uma das que mais pesa é a do passado. Meu Deus, como é difícil nos livrar do peso de uma decisão mal tomada. Como é doloroso sentir nosso coração pesado e angustiado sem saber direito no que estamos amarrados. Ela é invisível, mas está lá... intacta com o passar do tempo. Pior, ganhando mais força com cada nova decisão equivocada.

Têm correntes que nos aprisionam às coisas e às pessoas. Como dói nos livrar de um objeto que nos traz boas recordações. Deixar um verdadeiro amor partir então, uma tarefa herculana.

Não há fórmula mágica para curarmos nossos corações. Apenas saber que não podemos ser dependentes de nada e de ninguém, sacudir a poeira e seguir em frente. Se tivermos que arrumar a nossa bagunça, tanto externa quanto interna, não há problema de doarmos alguns objetos que não são mais úteis e que podem fazer diferença para outra pessoa, e sentimentos que estão lá no fundo, mas que, na verdade, não deveriam estar.

Há diferença entre dependência e necessidade. Alguém pode ser necessário devido à sua importância (tenho alguns casos assim na minha vida), momentânea ou não, mas nunca podemos tornar essa necessidade em uma dependência. Você já notou que só somos dependentes de coisas ruins? Cigarro, álcool, remédios, drogas ilícitas, compras compulsivas. Amores ruins enquadram-se aqui também.

Ter saudade não significa ser dependente, mas apenas há a constatação de que nossa vida se torna pior sem essa companhia: há uma necessidade. Muito diferente é achar que não poderemos viver sem. Muitíssimo diferente é nos submeter a humilhações para conseguir uma migalha qualquer em contrapartida: é dependência.  

No final, seria mais fácil se todas as nossas correntes fossem visíveis como aquela do casal. Seria apenas soltar a coleira e cada um seguiria para o seu lado, sem memórias, nem história. Nós, das amarras invisíveis, temos que aprender a difícil arte de praticar o desapego e deixar o passado no passado, afinal. Se alguém souber como faz isso, me avisa.

Izadora

Por que não?

Por que não?

Então... estava eu lendo um blog fantástico de uma pessoa que me parece ser fantástica e me perguntei: por que, diabos, eu nunca fiz isso? Sempre amei escrever, está no meu sangue.

Passei a noite pensando em como eu deveria parar de me importar com o que os outros dizem e em como eu poderia criar para mim um espaço onde eu poderia interagir com pessoas que se interessassem ou apenas quisessem bater papo e conhecer uma louquinha que, nesse momento, precisa muito de amigos de verdade.

Como cacuete de jornalista, sou objetiva. Bastante objetiva. Mas me lembro como se fosse hoje das estórias fantásticas que eu criava até os 18/20 anos. Fechava os olhos e elas vinham. Felizes, tristes ... não importa. Eram tão boas porque vinham da alma. Com o passar do tempo vamos tendo outras prioridades na vida, e as coisas realmente belas e que deveriam ser conservadas vão-se indo para a maioria das pessoas. Meu dom foi-se juntamente com a chegada da consciência de que há coisas que fazemos na vida que não podemos apagar.

Foi o término da minha inocência e coloco nesse fato o começo do fim. Ali eu aprendi a deixar de ser criança e que cada ato meu gera uma consequência. Mas ao deixar de ser criança, deixei também de lado o contato com minha alma e, assim, com meus textos. Quem sabe eu me dedicando um pouco mais essa ligação que era tão intensa volta. Foi o que minha irmã disse. E o que ela diz, está dito.

Então, senhoras e senhores, inauguro aqui mais um cantinho. Meu cantinho. Não pretendo divulgar para ninguém, até ter certeza de que as coisas que saem aqui estão realmente boas. Se não estão boas, pasmem, será apenas mais um blog escondido no meio desse universo internetês.

Izadora