Minha vida é perfeita. Tenho o namorado perfeito, tenho dinheiro suficiente para me sustentar e ir atrás dos meus sonhos (porque infelizmente alguns deles precisam sim de ajuda externa para acontecer), tenho amigos, tenho uma profissão que eu amo e outra profissão que eu amo mais ainda. Tenho um emprego que eu adoro, que infelizmente terei que deixar daqui um tempo para justamente ir atrás dos meus sonhos. Mas escolhas são escolhas. Tenho amor de todos os lados, por onde quer que eu vá.
Então, me conta... qual é o meu problema? Porque, às vezes, insisto na dor? Pelo menos agora não isso não ocorre em todos os segundos do meu dia. Espero que essa ânsia diminua com o tempo, com a minha cabeça ocupada com centenas de outras coisas, porque ninguém merece esse auto-flagelo. Ninguém merece...
Tentei de tudo, juro!
Esse blog começou para ser uma coisa, virou outra. Como tudo na vida, principalmente nós. :)
quinta-feira, 12 de abril de 2012
domingo, 25 de março de 2012
Mais uma vez volto a escrever um texto de desabafo. Como ele jamais será lido por alguém que não seja eu mesma, a importância disso se torna mínima. Mais uma vez, velhos assuntos. Mais uma vez, coisas e pessoas que eu tenho que deixar totalmente para trás e não consigo. Pessoas que devem ser totalmente esquecidas mas que continuam me tirando o equilíbrio. Mesmo muito longe, mesmo sem contato, mesmo sem absolutamente nada a mais para resolver, me desconsertam.
Tanto que continuo lendo seu blog, porque quero saber notícias. Porque ainda gosto de ler o que você diz, apesar de hoje ver suas incoerências muito mais do que antes. Apesar de hoje notar tudo de uma maneira mais amena, como uma espectadora tentando entender o que se passa na cabeça do mocinho do filme.
E ler sobre seu sonho (que eu sinceramente acredito que não seja em relação a mim. Não teria porque escrever no seu blog se fosse) me fez lembrar daquele que eu tive na semana passada. Iria escrever sobre ele, mas de novo achei que não valeria a pena. A gente se encontrou e conseguimos conversar na boa, nos abraçamos e falamos. Só isso. Seus olhos... eram os olhos do cara que eu conheci há anos atrás. Nossa, que saudade daqueles olhos.
Conversamos sobre o porquê de não darmos certo. Inclusive a sua mãe estava junto. E das poucas partes que eu me lembro foram eu dizendo para ela que eu havíamos tomado decisões e que uma delas causou o nosso afastamento. Lembro de você me chamando e fazendo negativo com a cabeça, como se aquilo não precisasse ser explicado. Como se ninguém tivesse nada a ver com o que aconteceu ou deixou de acontecer. Típico.
Mas ao contrário de você eu acordei com uma sensação ótima. Feliz por ter visto novamente aqueles olhos. E me deu uma saudade imensa de te ouvir e saber como você está, apenas isso. Felizmente, eu estou bem. Apesar de tudo o que tem acontecido, eu tenho alguém do meu lado que realmente me dá fôlego para continuar. Não tenho dúvidas de que é com ele que eu vou me casar, ter a minha casa e minha família. Pode não ser o grande amor da minha vida (sinceramente, nem isso eu sei mais), mas definitivamente é o homem dela.
quinta-feira, 15 de março de 2012
Sobre morte
Tantas vezes eu comecei a escrever um novo texto, tantos apaguei. Sobre esse assunto que vou escrever neste post e sobre outros que, na real, tratavam de um desabafo momentâneo e que eu vi que no final não valia a pena, apenas isso.
Tanta coisa mudou na minha vida. Perder a minha mãe foi, definitivamente, a coisa mais dolorosa que me aconteceu. Mais do que decisões que eu tenha tomado há vários anos atrás e que vejo, hoje, que eram as únicas que poderiam ter sido tomadas. Quando finalmente consegui me perdoar, minha mãe se vai. Uma culpa pela outra. Obviamente, a vida não me deixaria em paz.
Beijei muito quando ela era viva. Briguei muito também, abracei, chorei. Não a compreendia. Ela não me compreendia. Mesmo assim, deixávamos muito claro nosso sentimento uma pela outra. Era amor... talvez o amor mais verdadeiro nessa vida. Pois é. Me tirar isso foi injusto, cruel... odioso.
E, como minha mãe que era, ela me reservou mais uma pegadinha. A amava, mas era extremamente fútil. Tão fútil que me irritava. Tão fútil que eu sempre tentei fugir disso e faço questão de que as pessoas me vejam por dentro e não por roupas, olhos azuis ou beleza. Tanto que hoje eu peco exatamente por isso. Sou exageradamente relaxada.
Mas a pegadinha era que ela tinha a real noção das coisas, às vezes perversas, que fazia. Ela se conhecia, sabia que para ela tudo o que importava era a beleza física. E que, agora, não tinha mais nada e por isso era infeliz. Sabia que não passava de uma criança grande e mimada. Tinha noção que as coisas que dizia machucavam, humilhavam... mas ela não conseguia não dizer. Minha mãe me surpreendeu. Deixou a revelação para o final, o último momento, ao apagar das luzes para que tudo tivesse mais impacto.
Minha mãe... que saudade dos seus olhos. Quem vai escolher as minhas roupas agora, caralho? Quem vai me mandar maquiar e quem vai dizer que eu pareço uma mendiga? Quem vai dizer que eu sou linda e vai me pentear como uma barbie? Quem? Em qual colo eu vou deitar para ganhar cafuné?
Meu... dói. E não há previsão de quando vai parar de doer. Nem sei se quero que pare de doer. A dor me faz ficar mais perto, nem que seja em pensamento.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Em julho, tive o seguinte diálogo com uma pessoa:
eu: "É uma porrada atrás da outra. Eu não sei como vou sobreviver a esse ano."
ela: "Só posso te dizer uma coisa: No final dele existirá uma pessoa fantástica"
E aqui estamos, em dezembro e a previsão se concretizando. E posso dizer: SOU FODA PRA CARALEO! :)
Todas as tristezas, decepções, sustos. Todas as lágrimas, as risadas, os amores. Todas as preocupações, festas e beijos. Todas as danças, depressões e sonhos. Toda a aprendizagem, sentimento e quebra de ciclos viciosos e doentios. TUDO, tudo absurdamente dolorido e fantasticamente divertido... e lindo por isso mesmo. Foi um ano em que eu vivi, não apenas passei por ele como um espantalho observando a colheita.
E aqui estou, mais VIVA do que nunca e sabendo que 2012 não será nada fácil. Não será fácil pq eu vou me colocar mais responsabilidades em todas as áreas da minha vida, além das barras que já sei que vou ter que aguentar.
Mas quer saber? Pode lançar os dados, neguinho, pq eu vou entrar nessa porra pra jogar e ganhar! Vou ser mulher, esposa, trabalhadora, estudante, filha, irmã e quem sabe mãe. Não só em 2012, mas em todos os anos que vão se seguir depois.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Sobre a posse
Ah, o ser humano. Então a pessoa está separada há três anos de alguém. Nesse meio tempo, os dois têm suas vidas como devem ser: SEPARADAS e totalmente resolvidas. E nesse meio tempo aparecem pessoas, como também deve ser, e tudo bem. Afinal... acabou. CERTO?
Pois bem. Não apareceu UMA pessoa na vida de um deles. Apareceu A pessoa. A pessoa que é espalhada pelos quatro cantos, em alto e bom som, como sendo a aquela que se quer viver o resto da vida. Se vai acontecer ou não, ninguém sabe. Mas é o que se quer.
Depois de muito tempo, não se pensa mais nos vários anos que passaram, mas nos muitos que virão. Planos são feitos, montam-se projetos, há novamente um motivo para construir. E lutar por isso.
Então, aquele primeiro ser humano citado no começo sente-se ameaçado. Aquele com quem se dividiu a cama durante anos possivelmente está mais feliz com alguém que ele acabou de conhecer. Uma verdadeira afronta!
Espera-se um pouquinho, pode ser que não seja nada, afinal. Mas se vê que a coisa realmente é séria e ouve-se de todos os conhecidos em comum a confirmação que tanto dói: sim, ele(a) está apaixonado(a) e feliz, talvez como nunca esteve.
Então, o negócio começa a perturbar. É a nossa velha sensação de posse. De que tudo o que uma vez nos tocou é infinitamente nosso. E de algum modo tem que lembrar o outro de que um dia eles foram felizes, nem que seja mostrando sutilmente uma foto do cachorro que infelizmente nem existe mais na vida dos dois... há alguns anos. Nem que seja deixando recadinhos de “estou aqui e lembrei de ti.”
Ah, o ser humano... Quando deixaremos de ser egoístas? Quando deixaremos de lado essa loucura e vamos começar a aceitar que o outro tem sim o direito de reconstruir sua vida longe de nós? E infelizmente, confesso, para nós mulheres isso é mais difícil de ser assimilado do que pelos homens.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Sobre culpa
Pois então...
Hoje eu vi na minha rua uma cena não muito comum. Um mendigo encontrou um abrigo debaixo das árvores na frente do meu prédio e lá se estabeleceu. Tive que sair cedo e ele estava lá às 6h. Saí às 15h para o trabalho e ele estava exatamente na mesma posição, só que dessa vez tinha companhia: dois carros da Brigada Militar.
Poderia falar sobre a imbecilidade da nossa segurança pública, que nos deixa sem proteção de um lado para deslocar duas viaturas para remover um mendigo que nem conseguia se mexer. Realmente, perigosíssimo.
Poderia falar sobre se essa mobilização ocorreria em uma zona não tão nobre de Porto Alegre e no que isso implica. Imaginem eu morando na Vila Cruzeiro e ligando para a BM: “Alô! Tem um mendigo na minha porta e exijo uma solução AGORA!”. Provavelmente a reação seria de risada do outro lado da linha. Mas não... era na Nilo Peçanha, então o assunto é sério porque há “interesses sociais” envolvidos.
Mas quero falar sobre outra coisa. Quero falar sobre egoísmo e culpa. Passei por essa pessoa de manhã e a minha reação foi apenas de pena. Mas pena não esquenta. Pena não diminui a dor. Pena, amigos, não acalenta. Mais tarde, vi um motoqueiro parar para conversar . Ele perdeu dois minutos do tempo dele para perguntar o que aquela “pessoa” estava sentindo. Com isso, definitivamente, ganhou pontos em outra área.
Porque não agimos mais como esse motoqueiro? Porque insistimos em passar pelos problemas alheios como se não tivéssemos absolutamente nada com isso? Até quando vamos pensar que nosso sentimento de pena é o suficiente?
Sim. Há nosso dedo no meio daquela cena triste. Enquanto não criarmos consciência de que o mundo vai MUITO, mas MUITO além do nosso umbigo teremos culpa e seremos responsáveis. Pode haver pessoas muito mais responsáveis do que nós, pois nem todos têm poder de atuação direta e opta pela omissão e corrupção, mas isso não serve como desculpa.
O que você faz REALMENTE para mudar o mundo? Eu respondo por mim: NADA de efetivo. E não é por falta de oportunidade... Assumo minha culpa disso e assumo minha culpa por não ter poder de reação. Tenho a faca e o queijo na mão para poder transformar a vida de muita gente e prefiro a omissão por medo. E você? Assume?
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Sobre mentiras
Este texto será diferente do que eu propus ao fazer esse blog. Mas não tem problema, ocasiões especiais necessitam coisas especiais. Então preparem-se para encontrar muito drama e palavrão (mais palavrão e menos drama) a partir de agora.
Vamos começar pelo começo, porque é assim que as coisas devem ser. Vocês já tiveram na vida de vocês alguém que você considera tudo e em uma noite, em uma SIMPLES noite, ela vira um nada? Pois é, minha gente. Descobri que a pessoa que eu considerava a mais verdadeira do mundo não passa de um grande, mas um gigantesco, mentiroso.
Meu mundo caiu nessa noite, por um instante eu perdi meu rumo... desabei, lamentei, sofri. Chorei não por nós, mas por ele. Fingi que aquilo não estava acontecendo, que tudo não passava de uma pegadinha. Mas não... era real, tangível e estava ali para me dar um tapa na cara.
Quer dizer então que o cara que transformou a minha vida num verdadeiro INFERNO porque “fudi”, e não consegui esconder – diga-se de passagem, porque uma das minhas qualidades é transparência – ficava com duas ao mesmo tempo? Ou seriam três, quatro quem sabe?
Não tinha compromisso? ÓTIMO. Então pra que MENTIR, M-E-N-T-I-R, que nada acontecia? Qual o objetivo de ser tão desonesto, imoral e imbecil? Pra que M-E-N-T-I-R que ama, sendo que não ama nem a si próprio? Porque COBRAR uma conduta, sendo que no mesmo momento que eu estava “fudendo” (para me libertar) você estava “fudendo” com outra (para aprisionar)? E não venha com MAIS MENTIRAS. Temos datas...
Que moral você tem para cobrar de alguém (coisa que vc tanto adora) a partir de agora? Pra mim, tudo o que sai da sua boca terá outro significado, porque a verdade, que eu levava como regra, será exceção. Eu aguentei meses de humilhações, sendo tratada feito LIXO, quando na verdade você tinha que dar graças a Deus por ter alguém que realmente gostava de estar ao seu lado. Duas então... você não imagina a porra de sorte que você acabou de jogar fora.
Meu Deus.... e no passado. Com quantas você me traiu? QUANTAS? Eu achando que se acontecesse alguma coisa vc ia me falar... QUE IMBECIL. Ele não mente... ele nunca iria me mentir... MEU DEUS.
Ache outras pessoas para você humilhar... que faça bom proveito dessa, porque sabemos BEM qual será o final, só que dessa vez eu NÃO VOU DEIXAR que o consolo retorne para você. Porque ela é uma pessoa LINDA e que merece todo o RESPEITO que um homem de verdade pode dar. E ela vai achar um homem, não uma criança que se esconde atrás de filosofia para não encarar o mundo de frente.
Fica a chateação de que o único cara que eu realmente quis formar uma família morreu, esvaiu-se, foi-se. Mas fica a certeza de que consegui me livrar de um peso morto que carrego há anos, a culpa. Como consolo, fica a felicidade DE NÃO TER ME CASADO COM VOCÊ (ufa!), e isso já está de bom tamanho. Eu adoraria ter aliança para dessa vez te jogar na cara de verdade.
E mesmo assim, te amo o suficiente (sim... esse é o verdadeiro amor, prazer) para implorar que você busque ajuda enquanto há tempo. Você tem no mínimo mais 40 anos para viver, não desperdice.
Aliás, não pretendo sequer voltar a FALAR com você, a menos que procure ajuda psicológica. Caso isso não ocorra, passar bem e seja feliz nesse seu mundinho de MENTIRA. Minha amizade não fará falta, tenho certeza. Assim como esse ser – que além de MENTIROSO, cobra coisas dos outros que nunca devia cobrar, pq não faz – não fará para mim. MAIOR DECEPÇÃO DA MINHA VIDA.
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